Coordenação: Natália Guimarães e Carlos Belém.
Curadoria: Zé Renato.
PROGRAMAÇÃO:
- 17 de agosto – Música + Carnaval – Zé Renato com Eduardo Dussek e Haroldo Costa
Despontaram no carnaval carioca alguns clássicos criados por João Roberto Kelly e Lamartine Babo que animam até hoje os foliões espalhados pelos bailes da cidade. Marchinhas como "O teu cabelo não nega" seguem fazendo parte das festas momescas. Na avenida, nomes como os de Silas de Oliveira e Dona Ivone Lara destacam-se entre os principais compositores de sambas-enredo.
- 24 de agosto – Música + Teatro – Zé Renato com Soraya Ravenle e Flávio Marinho
O teatro musical vem ocupando espaço significativo nos palcos brasileiros. Textos traduzidos e criações originais fazem surgir profissionais cada vez mais afinados com o gênero, atuando em diversas montagens. Trilhas inesquecíveis foram produzidas para espetáculos como "Branca Dias", de Dias Gomes, com música de Edu Lobo, e "O homem de La Mancha", com Grande Otelo e Paulo Autran e música de Chico Buarque, também autor da trilha de "Ópera do malandro".
- 31 de agosto – Música + Culinária – Zé Renato com Danilo Caymmi e Roberta Sudbrack
Tema recorrente de várias canções de Dorival Caymmi, a culinária ilustra também situações pitorescas do cotidiano criadas por diferentes autores. Além dos clássicos de Caymmi, outros bons exemplos são "Feijoada completa", de Chico Buarque, e "Cabritada mal sucedida", de Geraldo Pereira.
- 07 de setembro – Música + Política – Zé Renato com Pedro Paulo Malta e João Pimentel
O comportamento político e social da vida brasileira nunca passou impunemente pelo olhar crítico e satírico do compositor popular. Os versos de Noel Rosa, por exemplo, não poupam munição ao perguntar no samba "Onde está a honestidade?". Da voz do morro surgiu "Opinião", o grito libertário de Zé Keti. E Chico Buarque, diante das desigualdades sociais do país, compôs "O meu guri", entre outras.
- 14 de setembro – Música + Humor – Zé Renato com Pedro Miranda e Reinaldo Figueiredo
Fazer rir também é uma das funções da música popular brasileira. Noel Rosa, por exemplo, colocou algumas vezes sua refinada poesia a serviço do humor produzindo clássicos como "Gago apaixonado". Outro ilustre representante da canção bem-humorada é Moreira da Silva.
- 21 de setembro – Música + Ambiente – Zé Renato com Nina Becker e Paula Saldanha
Preocupação mundial cada vez maior, há muito que a natureza vem sendo incluída na obra de importantes autores brasileiros. Entre eles, Tom Jobim intitulou um de seus discos com o nome de um pássaro, "Urubu", e dedicou outras tantas canções ao assunto produzindo clássicos como "Correnteza" e "Águas de março". Paulinho da Viola compôs o hino "Amor à natureza" e outros artistas, como Milton Nascimento e Gilberto Gil, são exemplos do engajamento na questão ambiental.
- 28 de setembro – Música + Futebol – Zé Renato com Moacyr Luz e Marluci Martins
Nesse encontro, o roteiro demonstrará como o futebol, através dos tempos, foi amplamente citado nos hinos de Lamartine Babo ou nos versos de Wilson Batista.
- 05 de outubro – Música + Cinema – Zé Renato e Ruy Castro
O encontro abordará canções marcantes que fizeram parte de trilhas sonoras do cinema americano e europeu, como "Moon river" ("Bonequinha de luxo") e "Cheek to cheek" ("O picolino").
- 12 de outubro – Música + Criança – Zé Renato com Marcelo Caldi e Ana Maria Machado
O universo infantil gerou uma infinidade de músicas maravilhosas, desde as cantigas de roda, passando pelos "Disquinhos", de autoria de Braguinha, o LP e especial de TV "Arca de Noé" 1 e 2, de Toquinho e Vinícius de Moraes, o disco e espetáculo teatral "Os saltimbancos", de Chico Buarque, até o recente "Partimpim", de Adriana Calcanhotto.
- 19 de outubro – Música + Televisão – Zé Renato com Jussara Silveira e Mauro Ferreira
A música popular brasileira nunca esteve tão presente na programação dos canais televisivos como na década de 1960. Festivais e programas de auditório como o Fino da Bossa, comandado por Elis Regina e Jair Rodrigues, foram responsáveis pelo surgimento de uma geração de ouro da MPB. Mais adiante, trilhas sonoras de novelas, como "O bem-amado" e "Pecado capital", tornaram-se importantes veículos para a divulgação de compositores e interpretes até os dias de hoje.

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