Foto: Thainá Seriz
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segunda-feira, 1 de agosto de 2016
Os sucessos de Ana Carolina e a magia que sempre, sempre se renova
Esta redatora é e respira música, mas, como mulher, respira (escre)vivências unimúltiplas de outras tantas que lhe são tudo e tanto e se emociona com poucas. Chorá-las é o meu modo de perten(s)er e buscar a realidade. Chego à mudez clariceana pelo esforço de viver (n)estas vozes. A protagonista do show da noite de 30 de julho, em Nova Friburgo - sim, lá fui eu -, é destas pessoas que, mesmo após muitos shows vistos, a emoção é, sempre, como se fosse a primeira vez. Ana Carolina encerrou o primeiro ciclo da série de shows "Grandes sucessos", inciada dia 16 de julho em Nova Iguaçu, fazendo jus ao nome: a mineira desfilou no palco do Country Club os maiores sucessos de seus quase 17 anos de trajetória fonográficas e hits para lá de conhecidos - e amados - do público. O set iniciou-se à lá "#AC": a sequência "Pole dance" (Ana Carolina e Edu Krieger), "Bang bang 2" (Ana Carolina e Rodrigo Pitta) e os medleys "Esperta" (Ana Carolina, Chiara Civello e Edu Krieger), "Você não sabe" (Antonio Villeroy) e "Cantinho" (Ana Carolina e Gastão Villeroy), "Libido" (Ana Carolina e Edu Krieger) e "Eu comi a Madona" (Ana Carolina, Mano Melo, Alvin L. e Antônio Villeroy) aqueceram logo de cara a plateia. Aqueceram, não. Incendiaram! O romantismo característico de suas baladas foi logo revisitado por "A canção tocou na hora errada" (Ana Carolina), "Vai" (Simone Saback) e "Nada pra mim" (John Ulhôa), mas a novidade ficou, neste primeiro momento, pela inclusão de "Amor perfeito" (Michael Sullivan, Paulo Massadas, Lincoln Olivetti e Robson Jorge) - sucesso na voz de Roberto Carlos (1986) -, que arrancou gritos e, claro, suspiros. "Tudo bem" (Lulu Santos) lembrou os tempos do "Ana Carolina" (BMG, 1999) - a canção é a oitava faixa do primeiro trabalho de estúdio - e foi a segunda (maravilhosa) novidade de uma noite também embalada pelo sucesso brega "O meu sangue ferve por você" (M. Pancol, J. Arel e C. Carrere, com versão de Serafim Costa Almeida), imortalizado por Sidney Magal, relido em tom soturno - e com Leonardo Reis no baixo - e a poesia de "Oceano" (Djavan). "É isso aí" (Ana Carolina) e "Hoje" (Jefferson Junior e Umberto Tavares) contaram com solos de violão. Se "Sinais de fogo" (Ana Carolina e Antonio Villeroy), "Cabide" (Ana Carolina), "Garganta" (Antonio Villeroy) e "Elevador (Livro do esquecimento)" (Ana Carolina) já fazem do samba, ironia, autoafirmação, bom humor e explosão as principais marcas deste show, a releitura de "Erva venenosa" (Jerry Leiber e Mike Stoller, com versão em português de Rossini Pinto), clássico na voz de Rita Lee, deu a toada final de rock'n'roll na já madrugada (fria) do último dia de julho, igualmente inundada por "Problemas" (Ana Carolina, Chiara Civello e Dudu Falcão), "Quem de nós dois" (Ana Carolina e Dudu Falcão) e "Dez minutos" (Ana Carolina e Chiara Civello). Os problemas técnicos foram um espetáculo ruim à parte que, felizmente, em nada retirou - e não retiraria - o brilho da interpretação e presença marcantes de Ana em quaisquer palcos e, claro, na vida de cada um(a) a quem toca.
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